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sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Cibercultura como Território Recombinante por André Lemos.

A Cibercultura, segundo André Lemos, é por assim dizer, um "território recombinante", pois permite ao campo da cultura, uma série de territórios informacionais por meio de novas tecnologias da comunicação: textos, imagens, som, ela permite que o indivíduo produza e publique em tempo real.
 André Lemos aponta 3 leis presentes na base do processo cultural da Cibercultura: a liberação do pólo da emissão, o princípio de conexão em rede e a consequente reconfiguração sociocultural a partir de novas práticas produtivas e recombinatórias.
No 1º princípio, a evolução tecnológica cria um excesso de informação pela possibilidade de que cada um seja também produtor e emissor de conteúdo. No 2º princípio, a conexão, o autor afirma que não basta apenas emitir sem conectar. É necessário emitir em rede, entrar em conexão com outros, circular, distribuir.

A partir daí surge o terceiro princípio: o da reconfiguração que já aponta grandes questões acerca dos mecanismos legais de recombinação, fruto das mídias digitais, redes telemáticas e processos recombinatórios de conteúdo informacional.
André Lemnos aponta também o fator da desterritorialização cultural como consequência da globalização, como por exemplo as redes de conexão Bluetooth, Wi-Fi entre outras, que conecta o homem em qualquer território, trata-se de uma interseção entre o espaço físico e o eletrônico.
Dessa forma, o território digital cria uma zona dentro de outros territórios onde é possível acessar, produzir e distribuir informação, de maneira autônoma e estabelecendo redes colaborativas cada dia mais complexa. O autor afirma também que caberá ao homem participar ativamente da cibercultura e criar novos territórios recombinantes.
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Biografia

André Lemos é professor da Faculdade de Comunicação da UFBa, Doutor em Sociologia (Sorbonne). Diretor do Centro Internacional de Estudos Avançados e Pesquisa em Cibercultura, Ciberpesquisa, consultor da Fapesp, CNPq e CAPES. Autor dos livros Cibercidade II (e-papers, RJ, 2005), “Cibercidades” (e-papers, RJ, 2004), “Olhares sobre a Cibercultura” (Sulina, 2003), “Cultura das Redes” (Edufba, 2002), “Cibercultura. Tecnologia e vida social na cultura contemporânea” (Sulina, 2002, 2004) e “Janelas do ciberespaço” (Sulina, 2000). Atualmente desenvolve pesquisa sobre o tema “Cibercidades” com apoio do CNPq (pesquisador nível 1). É membro do júri internacional do prêmio Best of Blogs (BoB), da “Deutsche Welle”, Alemanha e do “International Advisory Board” do Prêmio “Ars Electronica”, para a área de “Digital Communities”, Áustria. Foi presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação – COMPÓS - de 2003 a 2005
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